http://repositorio.unb.br/handle/10482/21956
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2016_FabianoFerreiraCostaVale.pdf | 1,28 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Angústia, de Graciliano Ramos : uma narrativa de tempos sombrios |
Autor(es): | Vale, Fabiano Ferreira Costa |
Orientador(es): | Bastos, Hermenegildo José de Menezes |
Assunto: | Angústia Romance de 30 Graciliano Ramos, 1892-1953 - crítica e interpretação |
Data de publicação: | 19-Dez-2016 |
Data de defesa: | 16-Ago-2016 |
Referência: | VALE, Fabiano Ferreira Costa. Angústia, de Graciliano Ramos: uma narrativa de tempos sombrios. 2016. 204 f., il. Tese (Doutorado em Literatura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016. |
Resumo: | Procurou-se neste trabalho analisar a técnica composicional literária empregada por Graciliano Ramos em Angústia, levando-se em consideração o conjunto de sua obra, materializado em seus principais livros de ficção: Caetés (1933), S. Bernardo (1934), Angústia (1936) e Vidas Secas (1938). Estruturada em primeira pessoa, esta técnica evidencia a voz narrativa e autoral do protagonista, particularidade artística que se manifesta discursivamente por meio do presente histórico, processo estilístico responsável por marcar a estagnação dramática do personagem, organizar os planos espaço-temporais, determinar as ações e mimetizar os eventos extraliterários no romance, realizando a mediação entre o tempo interno relativo à subjetividade de Luís da Silva e o tempo externo ao enunciado, estabelecendo o nexo entre mundo representado e a realidade objetiva. Nesse sentido, ressaltou-se a obra como configuração artística que antecipa momentos históricos brasileiros marcados politicamente pela ambiguidade e pela ascensão de regimes autoritários, internalizando-os em sua estrutura narrativa. Sob tal perspectiva, verificou-se ser Angústia um livro que transfigura, ao mesmo tempo, a constituição e a deformação do tipo romanesco na produção literária deste período. Com base no método histórico-dialético, procurou-se investigar essa forma literária particular em sua estreita relação dialética com a forma social, conciliando interpretação política e fenômeno literário. Dessa forma, percebeu-se que, mesmo não possuindo personagens típicos, uma obra de arte literária ainda sim pode ser considerada típica ao possibilitar a autoconsciência por meio da encenação do processo de constituição autoral. Angústia é este tipo de obra artístico-literária, portanto, que encena o processo de elevação de uma subjetividade, transformando uma experiência pessoal e singular de um personagem em artística, universal. |
Abstract: | This work aimed to analyze the literary compositional technique applied by Graciliano Ramos in Anguish, taking into account all his work, materialized in his main fictional novels: Caetes (1933), São Bernardo (1934), Anguish (1936) and Barren Lives (1938). Structured on a first-person narrative, this technique highlights the narrative voice of the protagonist, as well as his authorial voice. It is an artistic peculiarity that discursively manifests itself through the historical present, a stylistic process responsible for flagging a dramatic stagnation of the character, organizing the time-space plans, determining actions and mimicking the events that are extra-literary to the novel. It results in the mediation between the internal time related to the subjectivity of Luis da Silva and the time that is external to the enunciation, establishing the connection between the represented world and the objective reality. In this sense, the work was highlighted as an artistic configuration, which anticipates Brazilian historical moments politically marked by ambiguity, and the rise of authoritarian regimes, internalizing them in its narrative’s structure. Under this perspective, it was verified that Anguish is a book that transfigures, at the same time, both the constitution and the deformation of the novel form in the literary production of this period. Based on a historical-dialectic method, this study sought to investigate this literary form in particular, in its close dialectic relation with the social form, conciliating political interpretation and literary phenomenon. In this way, it is possible to notice that even if it does not have typical characters, a literary artwork can be considered typical when it enables the self-consciousness through the staging of the process of authorial constitution. Therefore, Anguish is this kind of artistic-literary work, which stages the process of elevation of a subjectivity, transforming a personal and singular experience of a character into something artistic and universal. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Letras (IL) Departamento de Teoria Literária e Literaturas (IL TEL) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2016. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Literatura |
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DOI: | http://dx.doi.org/10.26512/2016.08.T.21956 |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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