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Título: Suporte social e reabilitação pediátrica : uma análise sobre familiares de pacientes com diagnóstico de paralisia cerebral
Autor(es): Silva, Juliana Magalhães da
Orientador(es): Araújo, Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de
Assunto: Suporte social
Paralisia cerebral - crianças
Crianças - cuidado e tratamento
Data de publicação: 20-Out-2016
Referência: SILVA, Juliana Magalhães da. Suporte social e reabilitação pediátrica: uma análise sobre familiares de pacientes com diagnóstico de paralisia cerebral. 2016. xiv, 165 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Resumo: Em reabilitação pediátrica, a paralisia cerebral constitui uma das condições clínicas mais diagnosticadas. Caracterizada pela desordem do movimento, tônus e postura, manifesta-se no início do desenvolvimento do indivíduo por meio de variados sintomas e em diferentes graus de comprometimento que afetarão também seus familiares. Um acompanhamento integral e contínuo deve ser assegurado por uma equipe multiprofissional cujas ações necessitam de fundamentação em estudos especializados. Pesquisas realizadas em Psicologia da Saúde apontam a relevância do suporte social para enfrentamento do adoecimento e alcance de uma melhor qualidade de vida em diversas cronicidades como moderador do estresse. Nesse sentido, a avaliação do suporte social representa importante contribuição já que contempla o apoio ao indivíduo em diferentes dimensões: emocional, instrumental, informacional e cognitiva. Diante disso, empreendeu-se uma investigação com os seguintes objetivos: (a) caracterizar e avaliar o suporte social de familiares de crianças com paralisia cerebral; (b) avaliar o estresse e a resiliência desses familiares; (c) relacionar os indicadores de suporte social, estresse e resiliência parentais entre dois grupos com intervenções distintas; (d) identificar a influência da percepção do suporte social nos níveis de estresse e de resiliência desses participantes. Para tanto, foram organizados dois estudos, previamente autorizados por comitê de ética: Estudo 1 (Intervenção Psicoeducativa Grupal - IPEG) e Estudo 2 (sem IPEG), respectivamente com 22 e 29 participantes. Os participantes, familiares de pacientes da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, responderam aos instrumentos adotados em atendimentos presenciais individuais. Os procedimentos metodológicos empregados na condução da pesquisa foram: questionário sociodemográfico, Escala de Percepção do Suporte Social, Escala de Stress Parental, Escala de Resiliência adaptada para população adulta portuguesa e Registros de Casos. A mãe do paciente foi a familiar mais frequente neste estudo, contudo no levantamento dos acompanhantes da criança no atendimento de admissão no serviço pesquisado, a composição pai e a mãe conjuntamente correspondeu a 42,7% da frequência, e apenas a mãe a 25,6%. De acordo com a análise das escalas, não foi encontrada diferença significativa estatisticamente entre os grupos. Os participantes apresentaram baixo nível de percepção do suporte social, associado a baixo nível de estresse, assim como nível de resiliência também baixo. Foi encontrada correlação inversamente proporcional entre as duas primeiras escalas, quanto menor o suporte social, maior o nível de estresse. As fontes de suporte social obtidas nos Registros de Casos foram categorizadas com apoio na literatura quanto à tipologia. Os dados e a literatura apontam para a necessidade de uniformidade das avaliações de suporte social de acordo com a especificidade do contexto investigado. Em reabilitação pediátrica, além do suporte social percebido, como a escala utilizada na pesquisa de campo, sugere-se avaliação do suporte social recebido, o que numa amostra maior de estudo multicêntrico pode representar a caracterização do perfil da população brasileira participante de programas de reabilitação.
Abstract: In pediatric rehabilitation, cerebral palsy constitutes one of the most diagnosed clinic conditions. Characterized by posture, tonus, and movement disorder, it manifests itself in the beginning of one’s development by the means of a variety of symptoms and in different degrees of impairment with effects to oneself and one’s family members. Comprehensive and continuous follow up must be assured by a multiprofessional team whose actions must be based on specialized studies. Researches performed on Health Psychology point to the relevance of social support in facing the illness and reaching a better quality of life on diverse chronicities as a stress moderator. In this sense, the social support evaluation represents an important contribution since it contemplates the individual’s support on different dimensions: emotional, instrumental, informational, and cognitive. Thus, an investigation was undertaken with the following goals: (a) describe and evaluate the family’s social support for children with cerebral palsy (b) evaluate the family’s stress and resilience (c) search for association between parental resilience, stress, and social support indicators among two groups with distinct interventions (d) identify social support’s influence in parental stress and resilience. For such, two studies were organized, authorized in advance by the ethics committee: Study 1 (Group Psychoeducational Intervention – IPEG) and Study 2 (with no IPEG), with 22 and 29 participants, respectively. The participants, Sarah’s Rehabilitation Hospital Network (Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação) patient’s family, responded to the adopted instruments in personal treatment. The methodological procedures used on the research were: sociodemographic questionaire, Social Support Perception Scale, Parental Stress Scale, Resilience Scale adapted to the Portuguese adult population, and Case Records. The patient’s mother was the most frequent family member in the study, however, the survey for the child’s companions on the admission’s attendance of the researched service, father and mother together corresponded to a 42.7% frequency, and only the mother to a 25.6%. According to the scale analysis, no statistical difference was found between the studies. The participants presented a low level of perception for the social support, associated to the low stress level, as well as the also low resilience level. An inversely proportional correlation was found between the first two scales, the lower the social support, higher was the stress level. The sources for social support obtained from Case Records were classified based on the literature regarding the typology. Data and literature point to the necessity for social support evaluations’ uniformity according to the investigated context’s specificity. In pediatric rehabilitation, other than the perceived social support, such as the scale used on the field research, received social support evaluation is suggested, together with a larger multicentric study sample, wich may represent the characterization of the Brazilian population profile participant in rehabilitation programs.
Unidade Acadêmica: Instituto de Psicologia (IP)
Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2016.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2016.08.D.21599
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