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Título: | "Transição de cor" : raça e abolição nas estampas de negros de Angelo Agostini na revista iIllustrada |
Autor(es): | Balaban, Marcelo |
Assunto: | Liberdade Abolicionistas Caricaturas e desenhos humorísticos |
Data de publicação: | Jul-2015 |
Editora: | Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Referência: | BALABAN, Marcelo. "Transição de cor": Raça e abolição nas estampas de negros de Angelo Agostini na Revista Illustrada. Topoi (Rio J.), Rio de Janeiro, v. 16, n. 31, p. 418-441, jul./dez. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-101X2015000200418&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 30 ago. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/2237-101X016031003. |
Resumo: | Angelo Agostini ficou conhecido como um dos principais caricaturistas do Brasil oitocentista. Sua fama se deveu, em grande medida, às imagens que publicou protagonizadas por personagens negros. Nelas, o artista italiano teria sido incansável defensor da causa dos escravos. Neste artigo, busco analisar essas imagens por meio de outras chaves interpretativas. No lugar de festejar o implacável abolicionista, procuro desvendar os sentidos raciais e as lógicas políticas que informavam seus desenhos de negros. Em cada um deles, o ítalo-brasileiro Agostini produz, e reproduz, estereótipos sobre os sujeitos tematizados, definindo seus personagens negros ora como vadios, ora como perigosos e irracionais, ou, ainda, como passivos diante dos horrores da instituição servil. Misturando raça e escravidão na criação desses desenhos, Agostini produz, nesse processo, a própria imagem como um dos heróis da grande causa. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT Angelo Agostini is widely known as one of the most important cartoonists of nineteen-century Brazil. His fame was built on the many images of Blacks he published. In those images, the Italian artist seems to be a tireless defender of the slaves' cause. This article analyzes such images through a different set of interpretive keys. Instead of celebrating the implacable abolitionist, it seeks the underlying racial meanings, and the political logic of his caricatures of Black people. The Italian-Brazilian artist created, and recreated stereotypes of his subjects, defining those characters as sluggards, or as dangerous and irrational, and even as passive under the horrors of slavery. Mixing slavery and race to produce his drawings, Agostini created his own reputation as an abolitionist hero. |
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DOI: | http://dx.doi.org/10.1590/2237-101X016031003 |
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