http://repositorio.unb.br/handle/10482/20641
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2015_MarinaScalcoDuarte.pdf | 941,1 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | O olhar e a voz no autismo : da elisão do significante à possibilidade de enlace com o outro |
Outros títulos: | The look and the voice in autism : from the elision to the possibility of tie with the Other |
Autor(es): | Duarte, Marina Scalco |
Orientador(es): | Chatelard, Daniela Scheinkman |
Assunto: | Autismo Desenvolvimento psicossocial Cuidadores - aspectos psicológicos Psicanálise |
Data de publicação: | 1-Jun-2016 |
Data de defesa: | 22-Jun-2015 |
Referência: | DUARTE, Marina Scalco. O olhar e a voz no autismo: da elisão do significante à possibilidade de enlace com o outro. 2015. 94 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015. |
Resumo: | Não olhar e não responder à invocação do outro são signos importantes no reconhecimento de risco para o desenvolvimento psíquico em bebês, pois denotam uma relação falha com o Outro primordial. Este Outro é responsável pela constituição do eu e do inconsciente do infans e seu olhar e sua voz são fundamentalmente meios pelos quais o bebê recebe a marca do enigma do desejo do Outro. Ser olhado e ser chamado por este Outro são ativamente buscados pelo bebê em um tempo que se reconhece como aquele que fecha o circuito pulsional. No entanto, o que vemos nas crianças autistas é uma evitação ativa a isso que vem como marca desse Outro. É necessário, portanto, que nos questionemos sobre o que torna esse olhar e essa voz, para esse tipo de crianças, algo da ordem do insuportável? O que faz com que se posicionem desta maneira diante do Outro? Que características têm esse Outro do autismo? Para isso, passamos pelo entendimento da constituição do aparelho psíquico desde Freud, para em seguida, partindo da proposição lacaniana da elisão como mecanismo de defesa relacionado aos primeiros traços mnêmicos, nos ampararmos na hipótese defendida por Marie-Christine Laznik de que esta seria a defesa característica do autismo, o que impediria o fechamento do circuito pulsional. Esta elisão se justificaria pela presença de um Outro primordial que, por possuir uma posição simbólica frágil, não conseguiria colocar-se como desejante, restando ao par mãe-bebê uma relação marcada por um gozo excessivo. O olhar e a voz do Outro, portanto viriam deflagar o Real insuportável para o bebê, que então os evita para defender-se. Para ilustrar o que se propõe em termos conceituais, é utilizado o caso de um menino autista que durante seu caminho analítico mostrou que o olhar e a voz do outro podem passar da evitação total à possibilidade de enlace com o Outro. |
Abstract: | Do not look and do not respond to the invocation of the other are important signs to acknowledge risk on the psychic devolopement in babies, as they denote a failled relationship with the primordial Other. This Other is responsible for the constitution of the self and the unconscious of the infans and his look and his voice are, fundamentally, means by which the baby receives the mark of the Other's desire enigma. Be looked at and be called by this Other are actively pursued by the baby at a time it is recognized as the one who closes the drive circuit. However, what we see in autistic children is an active refusal to what comes as a mark of this Other. It is, therefore, necessary to ask ourselves about what makes this look and that voice, for such children, on the order of unbearable? What makes to position themselves in this way before the Other? What features the autism Other has? To do this, we go through the understanding of the constitution of the psychic apparatus from Freud , for then leaving the Lacanian proposition of elision as a defense mechanism related to the first memory traces, we are supported in the event held by Marie -Christine Laznik that this would be the defense characteristic of autism , which would prevent the closing of the drive circuit. This elision would be justified by the presence of a primordial Other that, for having a fragile symbolic position, could not put up as desiring, remaining to the mother-infant pair a relationship marked by excessive jouissance. The look and the voice of the Other, therefore would deflagrate the Real unbearable for the baby, who, by refusing them, defends himself. To illustrate what is proposed in conceptual terms, it is used the case of an autistic boy who during his analytical process showed that the look and the voice can pass from the total refusal of the other to the possibility of tie with the Other. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Psicologia (IP) Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2015. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura |
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DOI: | http://dx.doi.org/10.26512/2015.06.D.20641 |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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