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Título: | O feminino como metáfora do sujeito na psicanálise |
Outros títulos: | The feminine as a subject metaphor in psychoanalysis Le femínea como una metáfora del sujeto en psicoanálisis Le féminin comme une métaphore du le sujet en psychanalyse |
Autor(es): | Demes, Jacqueline Reis Chatelard, Daniela Scheinkman Celes, Luiz Augusto Monnerat |
Assunto: | Histeria Mulheres Psicanálise |
Data de publicação: | 2011 |
Editora: | Universidade de Fortaleza |
Referência: | DEMES, Jacqueline Reis; CHATELARD, Daniela Scheinkman; CELES, Luiz Augusto M. O feminino como metáfora do sujeito na psicanálise. Revista Mal-Estar e Subjetividade, Fortaleza, v. 11, n. 2, p. 645-667, 2011. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000200008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 16 mar. 2016. |
Resumo: | Muito se diz sobre a mulher desde as brechas deixadas por Freud. É extensa a literatura, assim como as faces e as versões assumidas pelo feminino. Introduzida na psicanálise, desde a sua origem nos estudos sobre a histeria, a busca por uma resposta sobre o tornar-se mulher ganhou um lugar central na teoria e na prática psicanalítica. Seja pelos impasses antes colocados pelo próprio Freud acerca do tema, seja por outros instituídos pelo avançar das investigações pós-freudianas, algo parece insistir na clássica pergunta "o que quer uma mulher?" e um entrever parece acompanhar as produções teóricas elaboradas até aqui. Contudo, desde "o continente negro", de Freud, à lógica do não-todo, de Lacan, uma impossibilidade de saber (dizer) sobre o feminino acompanha todo o entrançar conceitual da psicanálise. Quais os sentidos do feminino na psicanálise? Que relações são traçadas entre esse conceito e o ser mulher? Pretende-se, neste trabalho, percorrer algumas concepções que contornam e compõem o enigma da feminilidade. Um recorte que apresenta o feminino ora como qualificador do ser mulher, ora radicalizado em um novo conceito, no qual a noção de alteridade e de limite o constituem. Assim, um deslocamento de sentido se operou na palavra em questão ao longo do seu curso na psicanálise. Hoje, sua carga semântica é outra. Nesses caminhos, a figura da mulher se multiplica. Transita da lógica fálica à Outra, podendo ser uma e muitas, como uma daquelas bonecas russas, a babuska. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT Much is said about the woman since the gaps left by Freud. The literature about this subject is vast, as well as the profiles and versions assumed by the feminine. The concept was introduced in psychoanalysis since the beginning of hysteria studies and the search for an answer about how to become a woman won a central role in psychoanalytic theory and its practice. Something seems to insist in the classical question "What does a woman wants?", be it because of the impasses pointed by Freud about the subject, or others that were presented in the development of post-Freudians investigations, and only a glimpse seems to appear in theoretical works developed so far. However, since the Freud's "dark continent" to Lacan's "not-all" logic, an inability to know (or say) about the feminine follows the conceptual interweave of psychoanalysis. What are the meanings of feminine in psychoanalysis? What are the relationships between this notion and to be a woman? The aim of this work is to discuss some concepts that outline and compose the feminine enigma. It is a cutout that introduces the feminine sometimes as a qualifier of being a woman, sometimes as a new concept in which the notions of otherness and limits establish it. Thus, a displacement has occurred in the sense of the word in question throughout its course in psychoanalysis. Today, it has another semantic load. In these ways, the woman figure multiplies. It moves from a phallic logic to the logic of the Other, it can be one or many, like one of those Russian dolls, the babushka. _________________________________________________________________________________________ RESUMEN Muy se dice sobre la mujer desde las brechas dejadas por Freud. Es extensa la literatura, así como las vertientes y las versiones asumidas por lo femenino. Introducido en el Psicoanálisis, desde su origen en los estudios sobre la histeria, la búsqueda de una respuesta sobre lo hacerse mujer ganó un lugar central en la teoría y en la práctica psicoanalíticas. Sea por los impasses antes considerados por el propio Freud acerca del tema, o por otros instituidos por el avance de las investigaciones post-freudianas, algo parece insistir en la clásica pregunta "I qué quiere una mujer?", y cierto vislumbrar parece acompañar a las producciones teóricas elaboradas hasta aquí. Pero, desde "el continente negro", de Freud, a la lógica del no- todo, de Lacan, una imposibilidad de saber (decir) sobre lo femenino acompaña todo el entrelazar conceptual del Psicoanálisis. Cuáles los sentidos de lo femenino en el Psicoanálisis? Qué relaciones son trazadas entre ese concepto y el ser mujer? Se pretende, en ese trabajo, recorrer algunas concepciones que rodean y componen el enigma de la feminidad. Un recorte que presenta lo femenino, bien como calificador del ser mujer, bien radicalizado en un nuevo concepto, en el cual la noción de alteridad y de límite lo constituye. Así, un desplazamiento del sentido se operó en la palabra en cuestión a lo largo de su curso en la Psicoanálisis. Hoy, su carga semántica es otra. En esos caminos, la figura de la mujer se multiplica. Transita de la lógica fálica a la Otra, pudiendo ser una y muchas, como una de aquellas muñecas rusas, la babuska. _________________________________________________________________________________________ RÉSUMÉ Beaucoup de choses sont dites au sujet de la femme depuis le vide laissé par Freud. La littérature est abondante, ainsi que les côtés et les versions quassument le féminin. Introduite dans la Psychanalyse dès ses débuts par les études sur lhystérie, la recherche d'une réponse sur le devenir-femme a gagné une place centrale dans la théorie et la pratique psychanalytique. Que se soit par les impasses introduites par Freud lui-même sur le sujet ou instituées par dautres dans lavancée des recherchespostfreudiennes, une chosesemble revenir de façon insistante dans la question classique: «que veut une femme?» et un aperçu semble accompagner les productions théoriques élaborées jusquà présent. Toutefois, du «continent noir» de Freud à la logique du «pas-tout» de Lacan, une possibilité de savoir (parler) sur le féminin accompagne toute la trame conceptuelle de la psychanalyse. Quelles sont les significations du féminin dans la psychanalyse? Quels liens sont établis entre ce concept et lêtre femme? Il est prévu dans ce travail de passer en revue certains concepts qui entourent et forment lénigme de la féminilité. Un découpage qui présente le féminin parfois comme un qualificatif de lêtre femme, parfois radicalisé en un nouveau concept intégrant la notion daltérité. Un glissement de sens sest donc produit dans le mot en question au long de son parcours dans la psychanalyse. Actuellement sa charge sémantique est une autre. Au long de ces chemins, Umage de la femme se multiplie. Elle passe de la logique phallique à l'Autre, pouvant être une et plusieurs, comme une de ces poupées russes, la babouchka. |
Informações adicionais: | Artigo construído a partir da monografia, intitulada “Femilidades: A Babuska e o Feminino como Metáfora do Sujeito na Psicanálise”, apresentada no curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Teoria Psicanalítica da Universidade de Brasília, UnB. |
Licença: | Revista Mal-Estar e Subjetividade - All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License (CC BY-NC 4.0). Fonte: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_serial&pid=1518-6148&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 16 mar. 2016. |
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