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Título: Partição de comprimidos de medicamentos psicotrópicos em uma população de idosos
Autor(es): Chaves, Flávio Mascarenhas Starling
Orientador(es): Souza, Patrícia Medeiros de
Coorientador(es): Camargos, Einstein Francisco de
Assunto: Psicotrópicos - medicamento
Idosos - cuidados médicos
Demência
Medicamentos - administração - idosos
Data de publicação: 27-Mar-2015
Referência: CHAVES, Flávio Mascarenhas Starling. Partição de comprimidos de medicamentos psicotrópicos em uma população de idosos. 2014. 69 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
Resumo: O psicotrópico faz parte de uma classe terapêutica muito utilizada pelos idosos devido ao aumento crescente desta faixa etária com doenças que acometem o sistema nervoso central. Um fator que preocupa é que nem sempre há disponibilidade de preparações farmacêuticas na dosagem prescrita o que leva à prática de partir estes comprimidos para alcançar a dose alvo. Devido ao impacto terapêutico desta prática de partição de comprimidos entre os idosos, o objetivo deste estudo foi identificar em um centro especializado no atendimento à pessoa idosa, a frequência da partição de psicotrópicos em indivíduos com e sem diagnóstico de demência, fazer um levantamento das apresentações dos medicamentos psicotrópicos que eram partidos na rede pública e à venda no comércio e se a prática da partição pode ser adotada como rotina na prescrição de medicamentos psicotrópicos. O estudo foi descritivo transversal, realizado com dados secundários extraídos de prontuários médicos de 632 indivíduos atendidos no Centro Multidisciplinar do Idoso (CMI), do Hospital Universitário de Brasília, Universidade de Brasília (UnB), Brasília/DF, Brasil. A comparação da partição de comprimidos entre diversas variáveis foi analisada por meio dos testes qui-quadrado e Mann-Whitney, considerando-se estatisticamente significantes as diferenças com valores de p menores que 5% (p<0,05) entre os grupos. A partição de comprimidos esteve presente em mais de um quarto da população, sendo que a presença de demência esteve significativamente associada à partição de comprimidos, ocorrendo em 34,9% (n=88) dos pacientes com alguma demência e em 23,7% (n=90) daqueles sem demência (p = 0,0019). Indivíduos com mais de 80 anos partiram mais comprimidos em comparação com as outras faixas etárias, bem como aqueles que tinham maior número médio de consultas médicas. A partição de comprimidos foi significativamente mais frequente entre os pacientes que utilizavam psicotrópicos quando comparado aos que partiam outras classes terapêuticas (11,1%, n=15), com p=0,003. Os antipsicóticos foram os medicamentos mais partidos, sendo que o mais partido foi a risperidona, com uma frequência de partição de 44,2% (n=19). Ainda no resultado, quando se comparou a disponibilidade das apresentações dos medicamentos nas dosagens que se pretendiam atingir após a partição dos comprimidos, identificou-se que apenas 16,7% estão disponíveis na rede pública e 45,8% à venda no comércio. Não se pode afirmar que a partição de comprimidos seja um procedimento seguro e que possa ser adotada como rotina farmacoterapêutica, sobretudo em uma população sensível a variações de dosagem e a reações adversas, como os idosos. Não há critérios que garantam a concentração e estabilidade do princípio ativo após a partição, além de outras variáveis farmacotécnicas que podem influenciar na liberação e absorção do fármaco no trato gastrointestinal, como no caso dos comprimidos revestido. Após todos os aspectos abordados neste trabalho conclui-se que deve-se ter muita cautela na adoção da partição como prática clínica e que o Sistema Único de Saúde deveria disponibilizar na rede pública as formas farmacêuticas na dose dos psicotrópicos prescritos e, caso não haja no mercado, que as indústrias farmacêuticas deveriam providenciar a fabricação dos medicamentos na concentração adequada ou em uma forma farmacêutica que facilite o manejo da dose.
Abstract: The psychotropic drug is part of a therapeutic class widely used by the elderly due to the growing increase of this age group, with diseases that affect the central nervous system. A factor of concern is that not always there is the availability of pharmaceutical preparations in the required dosage, which leads to the practice of splitting these tablets to reach the target dose. Due to the therapeutic impact of tablets splitting among the elderly, the aim of this study was to identify, in a center specialized in elderly patients, the frequency of psychotropic splitting in individuals with and without a diagnosis of dementia, to survey the dosage of those drugs available in public and private pharmacies and if the practice of tablet splitting can be adopted as a routine in the prescription of psychotropic medications. The study was cross-sectional, conducted with secondary data extracted from medical records of 632 individuals attended in the Multidisciplinary Center for the Elderly in the University Hospital of Brasilia, University of Brasilia (UnB), Brazília (DF), Brazil. The analysis of several variables related to tablets splitting was done using chi-square test and Mann-Whitney, considering statistically significant differences with p values less than 5% (p <0.05) between groups. The tablets splitting was present in more than a quarter of the population, and the presence of dementia was significantly associated with this practice, occurring in 34.9% (n = 88) of patients with some kind of dementia and 23.7% (n = 90) and in those without dementia (p = 0.0019). Individuals over 80 years were more prone to split tablet compared to other age groups, as well as those who had higher average number of medical consultations. Tablet splitting was significantly more frequent among patients using psychotropic drugs when compared to those splitting tablets of other therapeutic classes (11.1%, n = 15), with p = 0.003. Antipsychotic drugs were the most often splitted drug tablet, and among antipsychotics, risperidone was the most often splitted, 44.2% (n = 19). When comparing the availability of drugs presentations in the same dosages that the ones desired to be achieved by splitting the tablets, it was found that only 16.7% are available for the public and 45.8% commercially available. It cannot be said that the tablets splitting is a safe procedure that can be adopted as routine in pharmacotherapy, especially in a sensitive population to dosage changes and the adverse reactions, such as the elderly. There are no criteria to ensure that the concentration and stability of the active ingredient after partition, and other pharmacotecnical variables that may influence the drug release and absorption in the gastrointestinal tract as in the case of coated tablets. After all the points made in this study we can concluded that one should be very careful in adopting partition as clinical practice and that the Health System should provide the public with dosage forms compatible with the prescribed dosages of psychotropic drugs, and if those dosages are not available at the market, the pharmaceutical industry should provide drugs at the appropriate concentration or in a pharmaceutical form which facilitates dose management.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2014.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
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