Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/17231
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2014_KeliCristianeEugenioSouto.pdf1,15 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Categorias funcionais e lexicais no licenciamento de verbos de trajetória : o caso do verbo ‘ir’
Autor(es): Souto, Keli Cristiane Eugenio
Orientador(es): Salles, Heloísa Maria Moreira Lima de Almeida
Assunto: Lexicologia
Gramática comparada e geral - verbo
Língua portuguesa - gramática
Data de publicação: 4-Dez-2014
Referência: SOUTO, Keli Cristiane Eugenio. Categorias funcionais e lexicais no licenciamento de verbos de trajetória: o caso do verbo ‘ir’. 2014. xi, 153 f., il. Tese (Doutorado em Linguística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
Resumo: Esta tese tem por objetivo investigar o licenciamento da estrutura argumental dos verbos de movimento direcional, considerando em particular o caso do verbo ‘ir’. Adotando como base teórica o gerativismo de Chomsky, na versão do Programa Minimalista, a hipótese de trabalho é a de que os argumentos são licenciados por categorias lexicais e funcionais, projetadas na estrutura do evento/ da oração. Inicialmente buscamos caracterizar sintática e semanticamente os verbos de movimento direcional prototípicos (‘ir/vir’, ‘chegar/partir’, ‘entrar/sair’), a fim de verificar se esses verbos constituem uma classe homogênea em português. Partimos da hipótese de que o verbo ‘ir’ de movimento direcional é um verbo inacusativo biargumental por apresentar em sua estrutura canônica, além do originador do evento, o argumento Locativo, este último associado à denotação da trejetória, na projeção sintática do aspecto lexical. Considerando primordialmente Jackendoff (1983), Talmy (1983, 2000), Tenny (1987), Morimoto (2001), Ramchand (2005, 2008), Fábregas (2007), assumimos a relação entre o aspecto lexical e a realização sintática dos argumentos. Propomos ainda que o argumento Locativo pode ser omitido na presença de categorias associadas ao aspecto gramatical, seja pelo uso do pretérito perfeito, seja pela ocorrência de advérbios aspectuais (como já). Seguindo Ramchand (2008), assumimos que a decomposição do evento é determinada pelas noções de causação e telicidade, com a projeção dos núcleos funcionais <iniciador, processo, resultado>, aos quais são associados os papéis primitivos INICIATOR, URDERGOER e RESULTEE, admitindo-se ainda a projeção de sintagmas remáticos encaixados. No caso dos verbos de movimento direcional, o PP remático locativo (obrigatório) é inserido na estrutura do evento, projetando uma estrutura definida pelos núcleos funcionais PlaceP e PathP. Considerando os dados com o verbo de movimento direcional ‘ir’, propusemos que os níveis internos do PP, com seus traços semânticos, entram em articulação sintática com os núcleos <inic, proc, res>, no caso de predicados como ‘ir para o mercado', e <inic, proc>, no caso de predicados como 'ir pela praia'. No primeiro caso, é a relação com o núcleo ‘res’ na projeção <inic, proc, res> que permite o uso do PP remático introduzido pela preposição não direcional 'em', no PB, com função delimitadora. Finalmente, nessa configuração, é possível analisar o alçamento do Locativo à posição de sujeito, como em Essa rua vai fácil, a qual interage com a condição de bi-argumentalidade na estrutura interna do VP para o argumento alçado, conforme postulado por Munhoz; Naves 2012. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT
This thesis aims at examining the syntactic mapping of the argument structure of verbs of directional movement, considering the verbo ‘ir’ (to go), in particular. Adopting the theoretical approach of the Generative Grammar, and the Minimalist Program (cf. Chomsky 1995), the working hypothesis is that the arguments are licensed by either functional or lexical categories, which are projected in the event/ clausal structure. We provide a syntactic and a semantic analysis of prototypical verbs of direction of movement, namely ‘ir/vir’ (to go/ to come), ‘chegar/partir’ (to arrive/ to leave), ‘entrar/sair’ (to enter/ to leave), in order to demonstrate that they do not constitute a uniform class. We take as our starting point the hypothesis that the verb ‘ir’ (to go) is a bi-argumental unaccusative, selecting an originator and a locative argument in its argument structure, the latter being associated with the denotation of a path, in the syntactic projection of the lexical aspect. Following Jackendoff (1983), Talmy (1983, 2000), Tenny (1987), Morimoto (2001), Ramchand (2005, 2008), Fábregas (2007), we assume the relation between lexical aspect and the syntactic projection of the argument structure. We further argue that the locative argument can be omitted in the presence of functional categories encoding grammatical aspect, such as past tense and perfective aspect, as well as aspectual adverbs (such as ‘já’ (=already)). Following Ramchand (2008), we assume that the event decomposition is determined by the notions of causation and telicity, with the the projection of the functional heads <iniciator, process, result>, to which the primitive roles INICIATOR, UNDERGOER and RESULTEE are associated, further allowing for the syntactic embedding of rhematic phrases. We propose that the event configuration in which the verb ‘ir’ (=to go) is inserted takes an obligatory rhematic PP, which projects a layered structure determined by PlaceP and PathP. Following Ramchand’s configurational model in the analysis of the direcional verb ‘ir’(=go), we propose that the PP layers enter a syntactic relation with the <inic, proc, res> heads, in predicates such as 'foi para o mercado' (=[he] went to the marked), and with the <inic, proc> heads in predicates such as 'foi pela praia' (=[he] went by the beach). Within the <inic, proc, res> projection, it is the projection of ‘res’ that allows for the use of the rhematic PP introduced by the non-directional preposition 'em' (=in) in BP, as a delimiter. Finally, in this configuration, it is possible to analyze Locative raising to subject position, as in Essa rua vai fácil (=This street goes easy), which interacts with a condition on the bi-argumental status of the predicate for argument raising, as postulated in Munhoz, Naves (2012).
Unidade Acadêmica: Instituto de Letras (IL)
Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2014.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.