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Título: Parasitismo experimental em ninhos de aves do Cerrado
Outros títulos: "Parasitismo experimental em ninhos de aves do Cerrado"
Autor(es): Miranda, Thiago Filadelfo
Orientador(es): Marini, Miguel Ângelo
Assunto: Parasitismo
Aves - ninhos
Cerrados
Data de publicação: 19-Nov-2014
Referência: MIRANDA, Thiago Filadelfo. Parasitismo experimental em ninhos de aves do Cerrado. 2014. 34 f., il. Dissertação (Mestrado em Ecologia)–Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
Resumo: O parasitismo de ninhos afeta diretamente o sucesso reprodutivo das espécies hospedeiras, com redução no tamanho da ninhada, sucesso de eclosão e sobrevivência dos ninhegos. A coevolução na interação parasita-hospedeiro se assemelha a uma corrida armamentista evolutiva com hospedeiros e parasitas sempre desenvolvendo novas estratégias de defesa e contra-ataques entre si. O reconhecimento e a rejeição de ovos parasitas são respostas adaptativas usadas por muitas espécies expostas à pressão seletiva do parasitismo de ninhos. Devido ao contínuo processo de fragmentação do cerrado no Brasil Central, mais do habitat freqüentemente utilizado para o estabelecimento do parasita de ninhos (chopim, Molothrus bonariensis) está sendo disponibilizado. Tal expansão permite o contato com espécies que nunca experimentaram o parasitismo de ninho e, portanto, não possuem estratégias de defesa contra ele. O objetivo do presente estudo foi examinar a resposta comportamental de oito espécies de Passeriformes após parasitismo experimental de ninhos, acessando suas tolerâncias ao parasitismo, determinando qual hipótese melhor explicaria a aceitação dos ovos parasitas, Hipótese do Atraso ou Equilíbrio Evolutivo. O experimento foi realizado com 215 ninhos por meio de dois tratamentos: ovos artificiais de chopim (padrão mimético, n=133) ou ovos artificiais azuis (padrão não-mimético, n=82). Chibum (Elaenia chiriquensis), guaracava-de-topete-uniforme (Elaenia cristata), joão-de-pau (Phacellodomus rufifrons) e sabiá-barranco (Turdus leucomelas) aceitaram a grande maioria dos ovos miméticos e não-miméticos, comportamento melhor explicado pela Hipótese do Atraso Evolutivo. O sabiá-poca (Turdus amaurochalinus) e sabiá-do-campo (Mimus saturninus) aceitaram os ovos miméticos e estiveram mais propensos a rejeitar os ovos não-miméticos, padrão melhor suportado pela Hipótese do Equilíbrio Evolutivo. Peitica-de-chapéu-preto (Empidonomus aurantioatrocristatus) mostrou um padrão intermediário que sugere estar próxima de se tornar uma espécie rejeitora, com baixa freqüência de aceitação de ovos miméticos e não-miméticos. A espécie que mais sistematicamente rejeitou os ovos artificiais parasitas foi a tesourinha (Tyrannus savana). Os diferentes estágios de rejeição encontrados mostram que as estratégias de defesa anti-parasitas não são equivalentes entre as espécies. Contraintuitivamente, o joão-de-pau (P. rufifrons), a guaracava-de-topete-uniforme (E. cristata) e o chibum (E. chiriquensis), espécie migratória, não tiveram registros de parasitismo natural pelo chopim embora todas tenham sido classificadas como espécies que aceitariam o parasitismo, comportamento que precisa ser melhor investigado. Este experimento serve como um bom preditor do potencial impacto que o chopim pode produzir às oito espécies testadas. __________________________________________________________________________ ABSTRACT
Brood parasitism directly affects hosts’ reproductive success, with reduction in clutch size, hatching success and nestling survival. The parasite-host coevolution resembles an evolutionary “arms race” with hosts and parasitic birds always developing new defenses and counterattacks to each other. Recognition and rejection of parasitic eggs are adaptive responses used by many species exposed to brood parasitism. Due to the ongoing fragmentation of cerrado vegetation in Central Brazil more of the habitat frequently used for the establishment of the parasitic Shiny Cowbird (Molothrus bonariensis) is being provided. This has led to greater contact between this cowbird and species that never experienced brood parasitism and therefore do not have defence strategies against it. The goal of the present study was to examine the behavioral response of eight passerine species assessing their tolerance to experimental brood parasitism, and determining whether the Evolutionary Lag or the Equilibrium hypotheses better explain the acceptance of parasitic eggs. We parasitized 215 nests using one of two treatments: model cowbird egg (mimetic, n=133) or model blue egg (non-mimetic, n=82). Lesser Elaenia, Plain-crested Elaenia, Rufous-fronted Thornbird and Pale-breasted Thrush accepted the majority of mimetic and non-mimetic eggs, a behavior best explained by the Evolutionary Lag Hypothesis. Creamy-bellied Thrush and Chalk-browed Mockingbird accepted mimetic eggs and were more prone to reject the non-mimetic eggs, a pattern better explained by the Evolutionary Equilibrium Hypothesis. Crowned Slaty Flycatcher seems to be half-way toward becoming a rejecter species, with low rates of acceptance of mimetic and non-mimetic eggs. The only complete rejecter was the Fork-tailed Flycatcher. The different ejection stages of the studied species show how antiparasite defenses are not equivalent in all tested species. Counterintuitively, Rufous-fronted Thornbird, Plain-crested Elaenia and the migrant Lesser Elaenia have not been naturally parasitized by the Shiny Cowbird although classified as accepters in the present study, a result that needs further investigation. This experiment serves as a good predictor of the impact that Shiny Cowbird might produce on these eight tested passerines in Central Brazil.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Biológicas (IB)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2014.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ecologia
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