http://repositorio.unb.br/handle/10482/16836
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Título: | Avaliação tardia de pacientes com megaesôfago chagásico operados pela técnica de thal-hatafuku modificada |
Autor(es): | Oliveira, Andréa Pedrosa Ribeiro Alves |
Orientador(es): | Oliveira, Paulo Gonçalves de |
Assunto: | Chagas, Doença de Saúde pública Esôfago - doenças |
Data de publicação: | 11-Nov-2014 |
Data de defesa: | 11-Abr-2014 |
Referência: | OLIVEIRA, Andréa Pedrosa Ribeiro Alves. Avaliação tardia de pacientes com megaesôfago chagásico operados pela técnica de Thal-Hatafuku modificada. 2014. 43 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014. |
Resumo: | Introdução: A doença de Chagas é doença altamente prevalente nas Américas do Sul e Central, sendo considerada problema de saúde pública nesta região. Sua forma esofágica cursa com acalasia e consequente dilatação do esôfago, chamada megaesôfago. Visando aliviar os sintomas da acalasia diversas técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas. Para casos avançados ou recorrentes de megaesôfago não existe consenso na literatura acerca da melhor técnica, sendo realizadas a técnica de Serra-Dória, a esofagectomia subtotal e a cardioplastia à Thal-Hatafuku. Existem poucos dados na literatura acerca de eficácia a médio e longo prazo da operação de Thal-Hatafuku. Objetivo: avaliar o resultado tardio da operação de Thal-Hatafuku modificada, avaliando a melhora clínica e nutricional e a incidência de refluxo gastroesofágico. Método: Foram avaliados 30 pacientes submetidos a cardioplastia à Thal-Hatafuku modificada no Hospital Universitário de Brasília no período de 1998 a 2008. Foram realizadas avaliações clínica, nutricional, endoscopia digestiva alta com cromoscopia, manometria esofágica e pHmetria de 24h para avaliar os resultados tardios da operação. Resultados: 86% relataram melhora total dos sintomas após a operação e , no momento da avaliação clínica, 63% dos pacientes queixaram-se de algum grau de disfagia para sólidos. A maioria foi classificada como Visick I e II.O índice de massa corporal médio foi de 22,5Kg/m2,sendo 20% dos pacientes com desnutrição, 63% com eutrofia e 17% com pré-obesidade ou obesos. A endoscopia digestiva alta mostrou mucosa normal em 83% dos pacientes e 14% de áreas iodo-claras à cromoscopia. À manometria esofágica, todos apresentaram ondas isobáricas não propagáveis, relaxamento do esfíncter esofágico inferior incompleto em 53%, completo em 13%, inexistente em 20% e hipotônico em 14%; todos com relaxamento completo do esfíncter esofágico superior. A pHmetria de 24h 50% apresentaram refluxo patológico. Conclusão: A operação de Thal-Hatafuku modificada levou à melhora dos sintomas que mais repercutem na qualidade de vida dos pacientes com megaesôfago, que são a disfagia para líquidos ou até total, com consequente perda de peso e desnutrição. Apesar de os pacientes apresentarem outros sintomas após a operação estes eram aliviados com uso de medicamentos. Não foi observada associação entre as queixas clínicas, os achados endoscópicos, o grau de comprometimento manométrico e a presença de refluxo gastroesofágico patológico destes pacientes. |
Abstract: | Background: Chagas disease is a serious public health issue in South and Central America due to its high prevalence, morbidity, and mortality. The esophageal form of the disease leads to achalasia and consequent megaesophagus. In advanced or recurrent cases of megaesophagus, there is no consensus as to which of three established techniques—the Serra-Dória procedure, subtotal esophagectomy, or Thal-Hatafuku cardioplasty—is best. Very few studies have investigated the average efficacy and long-term outcomes of the Thal-Hatafuku procedure. Objective: investigate the long-term outcomes of the Modified Thal-Hatafuku procedure, and evaluate the clinical and nutricional improvement and the gastroesophageal reflux incidence. Methods: The Modified Thal procedure (MTC) was performed in 30 patients at Hospital Universitário de Brasília between 1998 and 2008. All underwent clinical and nutritional evaluation, upper gastrointestinal endoscopy with chromoscopy, esophageal manometry, and 24-hour pH monitoring. Results: Overall, 86% experienced resolution of all symptoms after surgery and 63% complaint of some grade of disphagia for solids. Most patients were classified as Visick grade I or II. The average body mass index was 22.5 Kg/m2 with 20% of desnutrition, 63% of eutrophy and 17% of preobesity or obesity. Upper gastrointestinal endoscopy showed normal mucosa in 83% of patients, and 14% had unstained areas on chromoscopy. Esophageal manometry demonstrated incomplete lower esophageal sphincter (LES) relaxation in 53% of patients, complete LES relaxation in 13%, no LES relaxation in 20%, and hipotonic LES in 14%. All showed isobaric waves that did not propagate in the esophagus and complete relaxation of the upper esophageal sphincter. On 24-hour pH monitoring, reflux was pathological in 50% of patients. Conclusions: The modified Thal-Hatafuku procedure improved symptoms—namely, dysphagia to liquids with resulting weight loss and malnutrition—in patients with megaesophagus. Although patients have shown other symptoms after MTC this condition can be treated with medication and, based on Visick’s criteria, it does not negatively affects the quality of life of most patients. No correlations were found between clinical complaints, endoscopic findings, the degree of manometric abnormality and the incidence of pathological gastroesophageal reflux in these patients. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Medicina (FMD) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2014. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
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