http://repositorio.unb.br/handle/10482/15160
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2013_NeivaMariaMachadoSoares.pdf | 5,39 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Discurso verde : reposicionamento discursivo das marcas |
Autor(es): | Soares, Neiva Maria Machado |
Orientador(es): | Vieira, Josênia Antunes |
Assunto: | Marca registrada Sustentabilidade empresarial Empresas - Brasil Análise crítica do discurso |
Data de publicação: | 13-Fev-2014 |
Data de defesa: | 29-Nov-2013 |
Referência: | SOARES, Neiva Maria Machado. Discurso verde: reposicionamento discursivo das marcas. 2013. 254 f., il. Tese (Doutorado em Linguística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013. |
Resumo: | Esta pesquisa transdisciplinar tem o intuito de investigar como as empresas Natura, linha Natura Ekos, e Coca-Cola Brasil contemplam discursivamente as questões ambientais. Defendo a tese de que o discurso verde constitui um reposicionamento discursivo das marcas na representação de práticas sustentáveis. Para análise qualitativa e quantitativa, textualmente orientada, tomo os pressupostos e categorias da ADC (FAIRCLOUGH, 2003; 2006) da LSF (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004) e da Multimodalidade (VAN LEEUWEN, 2008), detenho-me nos Relatórios de Sustentabilidade e na página on-line das referidas marcas. Esta pesquisa visa a responder três questões: Como são reposicionados os discursos para contemplar as questões ambientais? Como os atores e os eventos sociais são representados no discurso verde das marcas? As empresas comprometem-se com as questões ambientais? Na análise, constatamos mudanças nas ordens de discurso (gênero, discurso e estilo), por meio de tendências como a fragmentação, a democratização discursiva, a nominalização e a relexicalização, evidenciado por Fairclough, 1992. Percebemos nas análises um “tipo de adorno local” (MACHIN; VAN LEEUWEN, 2007) que permite à marca, ao moldar-se aos valores locais, angariar dividendos, satisfazer os interesses de dado povo e cultura e construir uma imagem positiva. No caso da Natura, o posicionamento se faz no sentido de manter a linha inicial de negócios, atualmente, para se adaptar às novas exigências, precisa demonstrar um diferencial em relação às outras empresas que não “nasceram com o RG na natureza”. Quanto à Coca-Cola Brasil, o reposicionamento se faz no sentido de cumprir as prerrogativas de sustentabilidade, no social, no ambiental e no econômico. Por meio dos processos materiais e mentais, as Empresas focalizam a realização produtiva e maneira de pensar em relação às suas práticas, alardeando um fazer mais limpo e adequado aos pressupostos ambientais. Quanto à representação dos atores sociais, embora haja o reposicionamento, nos textos das duas marcas analisadas, reconhecem-se como, mantenedoras, provedoras, identificadas com a cultura local e ações socialmente responsáveis. Em relação à avaliatividade, como esperado, houve a prevalência da apreciação positiva quanto à relevância, à originalidade e à qualidade das práticas e dos produtos. Considerando que as duas Empresas apreciam positivamente práticas sustentáveis, poderiam exercer um papel ativo de coesão social quanto ao engajamento dos brasileiros em práticas cotidianas (reciclagem) e de consumo amparadas em princípios de sustentabilidade. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT This transdisciplinary research aims at investigating how the companies Natura, Natura Ekos and Coca-Cola Brazil include environmental issues in their discourse. I argue that the green discourse is a discursive brand repositioning in the representation of sustainable practices. For qualitative and quantitative analysis based on texts, I consider the assumptions and categories of ADC (FAIRCLOUGH, 2003; 2006) and LSF (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004) and Multimodality (VAN LEEUWEN, 2008). For this, I concentrate on the Sustainability Reports and websites of these trademarks. This research intends to answer three questions: How is their communication repositioned to cover environmental issues? How are actors and social events represented in the their green discourse? Are these companies committed to environmental issues? In the analysis, I looked at changes in their discourse order (genre, discourse and style), through tendencies such as fragmentation, discursive democratization, nominalization and relexicalization, demonstrated by Fairclough, 1992. I observed, in the analyzes, a “kind of local adornment” (MACHIN; VAN LEEUWEN, 2007) that allows the company, by molding itself to the local values, to gain dividends, satisfy the interests of certain people and culture and build a positive image. In the Natura’s case, the positioning is done in order to maintain its initial business line. Nowadays, in order to adapt to new requirements, it must demonstrate a difference from other companies products which "were not born having nature as its identity”. As for the Coca-Cola Brazil, the repositioning is done in order to comply with the prerogatives of sustainability which lies on social, environmental and economic balance. Through material and mental processes, these companies point out productive achievement and their way of thinking in relation to their practices, boasting a cleaner and adaptative practice to environmental assumptions. Regarding the representation of social actors, although there is the repositioning, I realize in the texts of the two companies analyzed, that they recognize themselves as sponsors, providers, identified with the local culture and practitioners of socially responsible actions. Concerning appraisal, as expected, there was a prevalence of positive assessment of the relevance, originality and quality of the practices and products. Considering that the two companies appreciate sustainable practices positively, they could play an active role in social cohesion as the engagement of Brazilians in daily practices (recycling) and consumption maintained through principles of sustainability. |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2013. |
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