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Please use this identifier to cite or link to this item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/14446
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Title: Mães de bebês prematuros no Método Canguru : aspectos psicossociais, enfrentamento e autoeficácia
Authors: Spehar, Mariana Costa
Orientador(es):: Seidl, Eliane Maria Fleury
Assunto:: Prematuros
Maternidade
Issue Date: 30-Oct-2013
Citation: SPEHAR, Mariana Costa. Mães de bebês prematuros no Método Canguru: aspectos psicossociais, enfrentamento e autoeficácia. 2013. xii, 114 f., il. Dissertação (Mestrado em Processos do Desenvolvimento Humano e Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.
Abstract: O número crescente de nascimentos prematuros no Brasil e no mundo representa um problema de saúde pública. Diante disso, surgiram modelos de assistência neonatal com propostas de humanização e de inclusão da família, como o Método Canguru (MC), que é composto de três etapas: duas hospitalares (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e enfermaria conjunta) e uma ambulatorial. O MC é o modelo adotado no Brasil como política pública atual para recém-nascidos prematuros de baixo peso. Diante da hospitalização do bebê prematuro, a mãe vivencia um início de maternidade marcado por estressores e demandas de desempenho em relação aos cuidados do filho. O objetivo do estudo foi identificar aspectos psicossociais, estratégias de enfrentamento e percepção de autoeficácia de mães de neonatos prematuros internados em unidade de referência do MC da rede pública de saúde do Distrito Federal. Para tanto, foi realizado estudo longitudinal de curto prazo com 10 mães, ao longo das três etapas do MC. Foram utilizados instrumentos quantitativos e qualitativos: Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP), escala Perceived Maternal Parenting Self-Efficacy (PMP-E) adaptada para a língua portuguesa e roteiros de entrevista semiestruturados com questões sobre aspectos sociodemográficos, histórico familiar e gestacional, concepções maternas acerca da maternidade, bem como especificidades referentes às condutas maternas em cada etapa do MC. Estes instrumentos foram aplicados nas três etapas. A análise quantitativa de dados incluiu técnicas estatísticas e a qualitativa baseou-se em procedimentos de análise de conteúdo. Como principais resultados destacaram-se os dados sobre a diversidade do perfil das participantes indicando a importância de que não seja imposto às mães, no âmbito do MC, uma forma única de expressão da maternidade, baseada em um modelo idealizado. Os resultados sobre autoeficácia evidenciaram escores médios crescentes, com diferença estatisticamente significativa ao longo das três etapas, que sugerem a contribuição do MC na aquisição de maior autoeficácia materna. Os dados sobre as estratégias de enfrentamento revelaram um padrão que se manteve relativamente estável ao longo das três etapas de estudo, com o predomínio de estratégias focalizadas no problema, busca de práticas religiosas/pensamento fantasioso e busca de suporte social. A análise dos escores médios das modalidades de enfrentamento não indicou diferença estatística significativa ao longo das três etapas. Os principais resultados das verbalizações maternas apontaram: para a associação entre plenitude da vivência de maternidade e realização de cuidados do bebê; ter um filho prematuro hospitalizado como uma experiência que trouxe crescimento pessoal; fontes de apoio social concentradas na família, em especial no pai e na avó materna do neonato. Na 1ª etapa, os relatos destacaram como mais difícil estar longe do bebê; nas 2ª e 3ª etapas os cuidados de amamentação e banho foram descritos como os mais difíceis. Houve predomínio de adesão à posição canguru e relatos de sentimentos maternos positivos diante dessa prática, porém as participantes que realizavam a posição em menor frequência no âmbito hospitalar apresentaram tendência a reduzir ou interromper essa prática em casa. A partir da perspectiva das mães que vivenciam o MC foi possível descrever o cotidiano de cada etapa, bem como as dificuldades e as características dos três momentos da aplicação do MC, permitindo a ampliação do conhecimento sobre o método e as subjetividades maternas no contexto da prematuridade. O estudo traz implicações para o aprimoramento do MC, a qualificação da equipe multiprofissional e o delineamento de intervenções mais efetivas e individualizadas. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT
The increasing number of preterm births in Brazil and in the world represents a public health problem. Therefore, models with proposals for neonatal care and humanization including the family emerged, such as the Kangaroo Method (KM), which consists of three steps: two at hospital environment (Neonatal Intensive Care Unit and joint nursery) and one at follow-up attendance. The KM is the model adopted in Brazil as current public policy for premature infants of low birth weight. Facing the hospitalization of premature baby, the mother experiences the beginning of parenthood marked by stressors and demands of performance in relation to the care of the child. The aim of this study was to identify psychosocial factors, coping strategies and perceived selfefficacy of mothers of premature neonates hospitalized at a reference KM neonatal unit of the public health system of the Federal District at Brazil. Therefore, a longitudinal study was conducted with 10 mothers throughout the three stages of the KM. Were used quantitative and qualitative instruments: Scale Ways of Coping (EMEP), scale Perceived Maternal Parenting Self- Efficacy (PMP-E) adapted into Portuguese, and semi-structured interview guide with questions about socio-demographic data, family history and gestational, maternal conceptions about motherhood, as well as specific characteristics regarding maternal behaviors at each stage of KM, applied in three steps. For quantitative analysis of data were applied statistical techniques, and for qualitative analysis was based on content analysis procedures. As main results highlighted the data on the diversity profile of participants indicating the importance of not imposing on mothers, within the KM, a unique form of expression of motherhood, based on an idealized model. The results showed that mean scores on self-efficacy increased, with statistically significant differences across the three stages, suggesting the contribution of MC to acquire greater self-efficacy mother. Data on coping strategies revealed a pattern that has remained relatively stable over the three stages of study, with the predominance of strategies focused on the problem, search for religious practices / wishful thinking and seeking social support. The analysis of the mean scores of coping modalities indicated no statistically significant differences across the three stages. The main results of maternal verbalizations indicated: the association between perception of plenitude motherhood experience and performing baby care; having a hospitalized premature baby as an experience that brought personal growth; sources of social support were concentrated in the family, especially the father and the maternal grandmother of the newborn, in the 1st stage, the reports highlighted how most difficult of this stage was being away from the baby, in the 2nd and 3rd stages the care of breastfeeding and bathing were described as the most difficult; were described predominance of adherence to the kangaroo position and reports of positive maternal feelings during this practice, but the participants who performed the position less frequently at hospital stages, tended to reduce or discontinue this practice at home. From the perspective of mothers who experience the KM, it was possible to describe the daily life of each stage, as well as the difficulties and characteristics of the three stages of applying KM, allowing the expansion of knowledge about the method and maternal subjectivities in the context of prematurity. The study has implications for improving the KM, the qualification of the multidisciplinary staff and the design of more effective and individualized interventions.
Description: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos do Desenvolvimento Humano e Saúde, 2013.
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